quarta-feira

Porque é preciso estar só e sempre estar Ampla ...






O silêncio é que concede a palavra , a idéia , a expressão .
O entorno é moldura .O centro é apenas um  .Ser um é não apenas agir dentro das expectativas alheias .É agir dentro do que nos foi dado . O que nos foi dado não é o que pensamos ter e o que temos é aquilo que nem sequer queremos ver.
O estar só é estar junto .Porque antes de ser dois , três , de ser grupo , sociedade , conjunto , matilha, bando, somos agentes .Agentes capazes de criar , mas para criar há que se saber que se pode e deve criar. Só há grupo porque há criação.Só há criação porque há unidade .Só há unidade quando existe silêncio.
Muito barulho por nada , citou o escritor .Muito barulho pelo falso Ser .
Amplitude não tem a ver com tamanho, nem medida , nem conquistas terrenas .
Amplitude tem a ver com não caber em sí pelo que se sente.Não caber em sí pelo que se pensa .
Amplitude não é matéria .Amplitude é transpor a rede .
A rede...
Bem essa não é tangível .Mas existe. Lhe foi falado pelas telas de cinema, pelas músicas que ouviu, pelo medo que sentiu .
E agora, pela palavra que leu.
É preciso estar só na rede para sair dela .É preciso silenciar o que não amplia .
Estar só não é sentir-se só .Estar só e saber estar com você , com o lado que traz a herança de vidas .
Porque só vale ser aquilo que o silêncio nos susurra .
O que vem do barulho é  ruído .Não há clareza com ruído.
Amplitude se dá , quando se tem espaços vazios .
Espaços vazios existem, quando se cala .
Não há receios em estar só .Há receios em estar em multidões .
Amplitude com excesso de gente vira arena .
Arena é local de batalha e a única batalha que se deve travar é consigo mesmo .
Há que se lutar , mas não contra a amplitude de sentir .
Há que se lutar contra o medo de estar consigo mesmo .
Os que se lançam nessa jornada interna é que  podem de fato estar com  o outro em amplitude .

Por Val Amores ~*

Um comentário:

  1. Um dia ouvi que ,"A Solidão à Pátria dos Fortes e o Silêncio sua Oração".
    Estamos em constante silêncio quando oramos, meditamos ou buscamos nossas imperfeições dentro de nós mesmos. Nascemos nada ou quem sabe tudo, depende do ponto de observação de cada um, pois temos que definir o que é nada ou muito nesse universo cheio de perfeições ou não.O que mais importa não é sua grandeza material, mas o que você possui além disso quando tudo vir a virar pó. Tudo se inicia ou já vem iniciado? Mas temos a certeza que tudo chegará ao fim ? Não existe fim e sim sempre um recomeço, somos como a flor Kamicase que morre para muitos, mas adormece para alguns para depois de um período a mesma volta triunfante mas bela como antes, e a cada renascer com certeza mais sólida.
    Sou um grão de areia, mas na mais bela amplitude do meu ser, eu te admiro Borboleta...

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