quinta-feira

Pelo direito e necessidade de amar a sí , em cada pedaço ...






Conhecemos tão pouco nossa casca , epiderme , armadura flexível , que marca , que enruga , que estica, que absorve e explana ...
O revestimento da alma , o interno maquinário .Tudo amarrado a fitas de cor púrpura , a fitas trançadas de tom azulado , ou azul avermelhado, um púrpura carmesim.As fitas amarram e irrigam , dois lados de nós ,onde bate , pulsante o movimento dos atros .
Tudo escondido por véus , camadas finas, outras mais grossas , parece tecido de linho, parece tecido tule , da saia da bailarina .
Como no sol , há explosões e estímulos no local mais alto , do local mais alto olhamos o entorno , porque nele está a visão , física , cósmica , espiritual, transcendente , verdadeira . Sentimos o gosto do local mais alto,  o som , o aroma ...
As camadas da parte alta também  guardam o tesouro da memória , a pequena fonte de intensidade e essência , como a montanha que esconde em sí a mina de ouro, do ouro mais dourado  , que chega a cegar quem o vê sem entendimento .
Produzimos em nós, somos terra fértil, despejamos sementes somos regadores do jardim universal.
Movimentamos , apoiamos , contorcemos se treinarmos , mas não sabemos nada em exato do que temos em nós .
Abraçamos o outro , mas não sabemos nos conceder o abraço , o toque . Temos medo , temos tabús , temos a rotina onde se doa , mas muito pouco se sente . Minuciosamente é necessário se descobrir , estimular , encontrar , mapear , tatear .
Como ser algo que não sabe SER realmente ?
Como caminhar sem saber as vias internas ?
Sem entender nossa Profundidade , fraqueza , resistência ?
Como seguir com o fluxo de energia desconcertado, atrasado ,acelerado ...
Há necessidade de amar, mas há o direito exposto de amar a sí , descobrir-se , desvendar-se em cada pedaço , porque cada pedaço é astro , estrela , somos então, constelação ...

Por Val Amores~*

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