Na varanda de estrelas o que se via era amplo , irrestrito .Imensidão do espaço negro, de base verde e colunas firmes da cor da terra .Olhar pra cima era desejável, era necessário e involuntário .
Eram pontos luminosos que mesmo pequeno tinham em sí tamanha grandeza !
Três marias juntas alinhadas e plêiades moradia reencontrada, planetas ousados que cintilavam justamente para serem vistos , reafirmando origens , vida além do globo azulado .
Globo ocular fora do globo ocupado. Olhos atentos , fixos , dispostos a ver o que já se sabe mas se evita , se pensa, mas se contém por repressão ou medo .Não importa, os que desejam, enxergam ainda assim ! Nenhuma repressão pode contra a alma , contra a intuição e a capacidade de ver além da forma pré estabelecida .
Era olhar de saudade , um olhar de "mais" que fazia esquecer por hora esse pedaço de chão que então ficou parecendo de "menos". Apenas fase , ponte de passagem, base para um relançamento celeste e oportuno !
Era a varanda do suporte sagrado da contemplação , dos desejos e descobertas, visões e sonoridades .
Galhos que se quebravam no silêncio noturno , lá, no meio da clareira , escura então . Pés sagrados , sutis pareciam reafirmar o quão silenciar a alma e direcionar os sentidos para a luminária do Criador se faz necessário . Tinha também a pedra da lua , ocupada em dias de sol para ver o riacho passar e o resquício quem sabe, encontrar. A pedra da lua segundo suporte sagrado pós varanda de estrelas . Fincada ao chão mas ligada aos céus .
Era um achar a sí, a Ele ao Outro , talvez um achar a TODOS NÓS nos espaços naturais, reais , próximos . Espaços de contato entre vidas do agora, vidas de ontem e porque não vidas de amanhã !
Por Val Amores*
-Respeite a autoria-
Olá doce menina...caiu por acaso neste teu blog..e me veio a mente coisas que falavamos...sinto saudades de nossas conversas. Continuas livre e bela como as borboletas,cheirosa como as pétalas das rosas mais belas e sábia como um rouxinol. Beijos no coração misitico.
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