Conforme a dança dos dias se alinham, os conteúdos se encontram e os acontecimentos se expandem, novas paisagens se colocam no horizonte.
Paisagens não estáticas, cheias de cores e movimento, moldadas em nuances que imploram um olhar de entendimento apesar da abstração.
Paisagens não estáticas, cheias de cores e movimento, moldadas em nuances que imploram um olhar de entendimento apesar da abstração.
A observação tem me permitido um certo resgate da serenidade . Serenidade que nunca se foi, mas que talvez tenha ficado tímida por um tempo.
A serenidade que começa a perambular e a fazer certa ebulição na alma é a mesma que me tranquiliza para seguir adiante em alguns projetos ainda que estes não sejam o objetivo central . Talvez, agora seja melhor delinear as arestas como se delineia um olhar com um lápis . Talvez, seja importante marcar em evidência o que necessita ser moldado e assim agir.
Fazer isso por um tempo, mas não pela eternidade, porque passar os dias cuidado só de arestas nos faz ignorar toda a beleza já contida no núcleo e que merece sim ser motivada .Não é porque algo está pronto que não deve ser mais "agraciado".
Bom nem sempre é belo , mas ver beleza sempre é bom e por isso, exatamente por isso que a serenidade vem sendo resgatada ainda que em silêncio e através da observação das pequenas manifestações sagradas.
Acontecimentos aparentemente normais são bem mais intensos e possuem uma linguagem encantada . Cada acontecimento é uma manifestação de Deus, ainda que pareça confusão, não é .
Há caos e há ordem em um mesmo espaço e é isso que faz o Universo transgredir sempre a nossa noção de comodismo. Que bom que há tal transgressão ! Imagine se o certo fosse imutável, pronto e pronto ?
Ser o mesmo , manter o mesmo é chato e justamente por isso decidi mudar o foco do olhar.
Contemplar além da curva do morro para tentar entender porque o morro tem tal curva e porque a sombra dele acalenta uns, enquanto o lado com sol festeja apesar do calor !
Fico assim, até acanhada diante de tanto poder natural .
Há tanto e ainda percebemos tão pouco...
Há tanto e ainda percebemos tão pouco...
Eu resolvi sim e com tamanha impetuosidade, resgatar minha serenidade através de toda e qualquer manisfestação "supostamente" normal .
Entenderei e aceitarei a linguagem de Deus mesmo que silenciosa, porque assim é.
Cantarei canções de amor inventadas e tecerei sonhos em folha de papel dourado.
Entenderei e aceitarei a linguagem de Deus mesmo que silenciosa, porque assim é.
Cantarei canções de amor inventadas e tecerei sonhos em folha de papel dourado.
Pintarei quadros com tinta guache e sem pincel . Estamparei a palma das mãos em folhas brancas para ceder cor ao que precisa ter .
Quando eu decifrar algumas frases, por mínimas que sejam, as transformarei em manifestos encantados, no formato verso ...
Recitarei com fervor e em cima de pedras da praia, vestida com saia rodada e pé no chão. Nas mãos estrelas do mar e no pescoço um colar de conchas .
Pela serenidade estarei presente e nada mais !
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