sábado

Chuva e aconchego



Um dia de chuva é um dia comum para que gosta de ser comum.
Um dia de chuva vira poema , tela , canção, vira até texto de blog .
Tudo é motivo para quem gosta de criar , de relacionar o lá fora com o ambiente aqui de dentro.
Definir um dia de chuva como hoje não é difícil , é simplesmente sentir a proporção e a mensagem do tempo em tempo, além do boletim metereológico , nem sempre lógico .
Natureza não é lógica, embora assim se pense .
Tudo tem um motivo, mas ter um motivo não representa lógica, representa simplesmente pulsação .
Pulsação muda, o tempo também.
Pulsamos como seres humanos, a Terra pulsa porque é vida e tem vida.
Defino um dia como hoje de dia aconchego .
Dia em que se pede edredon ou manta, chá de maçã com canela e muita música que fale de amor , que fale de sensações e que arrepiam toda a nossa estrutura.
Um dia de chuva  é um dia de enlace consigo mesmo e quem tiver, que aproveite e se enlace com o outro.
Aproveitar esse conforto dado pelo Criador é estar em conexão direta com todo o amplo Universo e seus ciclos.
Gosto de ver a chuva caindo da janela...
Parece o rabisco, o esboço de toda a paisagem porque fica branco, quase invisível.
É como se de repente uma borracha fose concedida à paisagem, de moda a reorganizá-la , de modo a recompor a cor de cada espaço de concreto e da cada folha do canteiro.
O que parece frio para a folhagem representa o mesmo aconchego sentido por nós , porque ela lava a alma que tem, para no próximo dia de sol nos mostrar suas nuances e embelezar todo o caminho.
Nós também nos refazemos em dias assim porque ficamos quietos e em silêncio,
Ficamos então raros porque em dia quente optamos pela correria pra sentir vento e correria apesar de fazer movimento nos desconecta mais fácil da relação necessária : Homem e natureza .
Dia aconchego, dia criação , dia em que eu gosto de sentir intensidade na rua vazia que olho da varanda .
É o muito no nada e o tudo implícito atrás de cada cortina ou janela fechada.
Todos encolhidos,
Todos ...

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