sábado

A alma outonal



As estrelas já diziam na madrugada, pelo brilho,
A terra que o vento levava espalhava a certeza,
A folha seca que caiu da árvore anunciava calmamente a estação dourada,
O dourado do sol exposto agora no dourado das folhas,
O sol que chega ao Zênite para igualar a luz,
De ambos os lados
Culturas e fé.
Os dias e noites se padronizam
O tempo iguala batidas do coração
Num ritmo só ecoa a sinfonia de toda a Criação
A alma que vibra em frequência,
Atinge em cores douradas
O nome de Alma Outonal.

A colheita depois da semente,
O sabor que desce ao chão,
Pela fruta , cada fruto que dentro de sí
Como um embrião, guardou tão bela estação.
Celebramos as cores da colheita!
Expostas dentro da concha,
É  Sabbat Mabon !

Pela tradição e pelo ciclo,
Com os grãos saudamos,
Com as Romãs unificamos
Com as raízes criamos base.
Perséfone pela luz é conduzida,
As Salamandras dançam em fogo,
As Ondinas balançam as águas
Os Silfos rodopiam no ar,
Os Gnomos aparecem ao redor,
Aos olhos que sabem olhar ...
Elementais do leste, do sul, do oeste e do norte
Tomam uma única direção ,
Em tempo e estação,
O caminho aberto  é o do coração.
Estamos no Equinócio então !

Da cultura mais antiga,
Tradicional e distante,
Renascem os parentes ancestrais !
Surge Rá em Ano Novo,
Com seu raio de sol para abençoar...
Sua força para Impulsionar ,
 nossa Alma Outonal.

Dancemos para ampliar, essa bela canção...
A Flauta está a soprar !
Uma voz suave começa a cantar,
Descalças, com os pés sobre o chão
E as mãos para saudar,
Uma guirlanda de frutos ,
Trançada em galhos
Na porta vou colocar !
Com um vestido rodado, de fitas e rendas suaves
Vou me paramentar...
Os olhos pintados,também vou desenhar
Com perfume adocicado vou me perfumar,
E junto a Mãe Natureza
E hora do OUTONO saudar .

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