domingo

Porque amor é doce , deguste sem moderação !




Ahh o amor !
O amor é tão citado, tão envolvido e envolvente .
Uns dizem que o amor é rosa , outros , vermelho e alguns até dizem que o amor tem todas as cores .
Gosto de pensar no amor como um sopro de vento quente , com cheiro de doce ...
De repente você está parado e eis que o vento sopra , balançando o sino da janela , remexendo seu cabelo e levando embora a papelada de compromissos.
É sim !
O amor tem esse dom de bagunçar docemente a nossa permanência , às vezes permanente demais a ponto de nos deixar como pedras , estátuas, esculturas de praça exposta .
O amor sopra e te envolve porque faz estremecer a sua seriedade.
Faz seu coração virar palco de arritimia e o verão invadir a epiderme , o frio invadir o estômago ...
Uns dizem que amor começa pelo coração, mas já ouvi até que começa pelo fígado porque é ele que manda algo para outro lugar e faz a gente se sentir com asas .
Eu gosto de pensar que amor começa nos olhos e depois que invade o cérebro , passa a acontecer pelo coração.
O fígado é pouco atraente  (na minha opinião) para o amor , embora tenha suprema importância , é fisico demais.
Amor é magia que fica ali , sobrevoando os céus e quando capta olhos de busca faz um tufão acontecer.
Penso até que a figura do cupido é adequada , mas o cupido seria não um anjo , mas o sopro .
Sim, o sopro que faz o vento do amor correr o mundo !
O amor é assim , aqui e lá , longe e perto.
Reafirmo a doçura do amor porque impossível não se alterar diante de um gosto que chega a arrepiar a pele .
Com doces muito doces é assim não é mesmo?
A gente degusta e pronto , estremecemos !
O amor concede tantos sorrisos e na mesma medida tanto silêncio de leitura .
Leitura que os amantes gostam de fazer diante da fisionomia do outro.
O amor não prende ninguém , porque se prender é porque o vento já foi embora e quem ficou, ficou diante de destroços de um templo que só seria sido mantido pela capacidade de transcencer o conceito estanque. Se o templo desabou , não houve giro suficiente para entender os ângulos concedidos pelo amor.
Se o amor voa , o amor é liberdade .
Se tentar colocar em um vidro o vento do amor , nada terá , exceto o vazio solidão e não o vazio aromático de algo existente , mas não visto a olhos céticos .
O amor não passa e vai embora .
Quando é amor ele muda e molda sem imposições.
Porque se você gira no meio de um ciclone de emoções , ainda que sutil, vê em sua volta as coisas com outro formato e justamente quando perde o foco é que vê que nada é estanque , vê que o movimento é constante e somente este movimento permite sua mudança .
O amor escancara a alma e a beleza é vista ali, diante dos olhos , num simples pousar de borboleta em flor.
A doçura do amor te deixa chato às vezes , isso é certo .
Você vira um recipiente açucarado de emoções e quando esbarra em uma alma jiló , eis que se tem um certo conflito . Mas não se preocupe ! Toda alma jiló , há de virar um manjar um dia e dos deuses !
Ninguém em absoluto , passa por este plano sem amar.
Pode pensar que não amou , mas isso é problema de percepção .
Amor, amor e amor , que este vento nos leve longe e que os olhos dispostos , adocem os olhos opostos ...
Tudo isso porque o amor é doce ,
Deguste sem moderação pelo paladar da alma !


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