sábado

Peterpaniana




Não represento senão aquilo que gosto, que desgosto, que almejo,que tenho, que amo ou desprezo.
Um invólucro pesado em capacidade,denso em conteúdo e leve em conexão.
Adaptável, maleável e nada tendencioso .
Talvez móvel pela transformação,impura pela ousadia de expandir além da capa.
Infiel quando obrigada a trair-me pela comum - idade do fazer por fazer, do fazer apenas pela necessidade e não pelo gostar de fato. 
Gosto das obras e de ver nas ações pedaços de mim.
O que cumpre apenas  a tarefa me cansa, me desfaz e me aniquila diante da falta de fusão entre habilidades e competências, que atualmente dá lugar ao comodismo situacional.Tapa-se o defeito, mas não se conserta a fonte da falha.Isso em quase tudo e como uma constante.
Paradoxo do tempo é ir e voltar na mesma trilha e ainda assim permanecer leal a sí mesmo e ao universo de dons que nos compõe.Ir e voltar sem sair do lugar e ainda assim viajar pelo universo de oportunidades .
Por tantos menos e por saber que há como existir mais, mantenho-me "Peterpaniana", onde Nunca é apenas a ponte e não a Terra como fim.
A Terra vivenciada e explorada é a do Sempre e Tanto, possível e necessário.
Peterpaniana na linguagem que zela pela infantilidade de quem ainda acredita em algumas histórias contadas em dia de chuva.
Antes, tão ocupada para ver que perdidos todos estamos e o que muda é a capacidade de perceber o quanto se está perdido e como se pode alterar um destino sem graça para algo mais encantador e dinâmico.
Existem ganchos que puxam a cada aventura, mas não são mãos fortes a ponto de fazer recuar.
Não há uma única fada que faça pirraça e assim sigo com a viagem .
Talvez,existam apenas luzes,que como canteiros ornamentados guiam rumo ao nada distante e ao tudo próximo.
Peterpaniana inventada, como o termo dado pelo conto infantil
Peterpaniana, porque assume com todos os riscos que crescer só é bom externamente, já que molda e faz o tecido cair perfeitamente diante da curva.
Internamente é bom viver voando e esperando na janela a magia acontecer !
Crescer é coisa que faz parte, tornar-se coisa é concordar que uma parte morta se desprende para um vácuo de cobranças sem sentido , sem objetivos e justificativas. 
Cobra-se atitudes pela mania e a mania é dada pelos que desistiram de tentar , mantendo apenas como rota importante, a cinzenta manhã de qualquer segunda-feira.
Peterpanianos ou não, importante mesmo é desfazer os mal entendidos que ocorrem diante do coração e manter aquela inocência de ver beleza ainda que seja no drama.
Peterpaniana sou e ainda busco aquele sapato pontudo e o chapéu que combine com o traje de constante e inconstante sonhadora ...



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